Avaliação da transformação da paisagem na bacia do ribeirão Vidoca, São José dos Campos, SP, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.35)

  • André Stempniak Universidade de Taubaté
  • Getulio Teixeira Batista Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográ¡ficas (IPABHi)
  • Ademir Fernando Morelli Universidade de Taubaté
Palavras-chave: hydrographic basin, land use, landscape, urbanization, watershed

Resumo

Bacias hidrográficas em áreas urbanas freqüentemente sofrem mudanças drásticas na sua paisagem. O presente trabalho consistiu na análise da transformação da paisagem na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Vidoca e do estado de conservação da bacia no período de 1500 a 2003. Com base em técnicas de Sensoriamento Remoto e de Geoprocessamento analisaram-se quatro períodos distintos em termos das mudanças ocorridas: a) no período de 1500 a 1953 ocorreu a transformação da vegetação natural, composta principalmente por Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, Floresta Estacional Semidecidual Montana dos Morros da Serra do Mar e Savana Arbórea Aberta, para campo antrópico e pastagens; b) de 1954 a 1985, antes da maciça ocupação urbana, ocorreu uma breve regeneração da Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e na região ao sul da Rodovia Carvalho Pinto, pastagens se transformaram em campos antrópicos; c) de 1986 a 1997 ocorreu forte urbanização com conseqüente substituição das áreas com campo antrópico e pastagens; e) de 1998 a 2003 houve a consolidação do processo de urbanização em que áreas de várzea e margens de corpos d’água foram urbanizadas, promovendo impermeabilização dos solos. Concluiu-se que, apesar da criação de uma legislação ambiental conservadora, o processo de urbanização não foi controlado e levou à degradação ambiental hoje observada nessa bacia.

Biografia do Autor

Getulio Teixeira Batista, Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográ¡ficas (IPABHi)
Concluiu o doutorado em Agronomia / Sensoriamento Remoto na Universidade de Purdue, EUA, em 1981. Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté. Publicou diversos artigos em periódicos especializados e cerca de 150 trabalhos em anais de eventos. Atualmente participa de 7 projetos de pesquisa, sendo que coordena 2 destes. Atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação de Bacias Hidrográficas. Em suas atividades profissionais interagiu com 389 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Sensoriamento Remoto, Agronomia, Geoprocessamento, Índice de Vegetação, Previsão de safra, Aplicações de Sensoriamento Remoto, Uso da terra, Modelo de Mistura Espectral, Sensores e Técnicas de Sensoriamento Remoto e Classificação do Uso da Terra. Foi pesquisador Principal do Programa Internacional EOS da NASA, onde trabalhou de 1990 a 1992 (Goddard Space Flight Center). Atualmente é membro do Comitê Assessor Recursos Florestais do CNPq e tem participado de vários comitês ad hoc para o CT-HIDRO.
Seção
Artigos