Desafios para conservação nas áreas de fronteiras agrícolas: desflorestamento, fogo e dinâmica do uso da terra no Mato Grosso (doi:10.4136/ambi-agua.16) (Inglês)

  • Douglas C. Morton University of Maryland, Department of Geography
  • Yosio Edemir Shimabukuro INPE
  • Bernardo Friedrich Theodor Rudorff INPE
  • André Lima INPE
  • Ramon M. Freitas INPE
  • Ruth S. DeFries University of Maryland, Department of Geography

Resumo

Para atingir os objetivos de conservação em áreas de rápida mudança na fronteira agrícola do Estado do Mato Grosso é requerido um balanço entre produção e preservação. Nós apresentamos uma descrição de desflorestamento, fogo e dinâmica do uso da terra no período 2000 - 2005 para definir estratégias para o planejamento de conservação. A conservação a longo prazo das áreas de Cerrado, floresta de transição e do bioma amazônico no Estado pode se beneficiar diretamente das informações sobre a estrutura da paisagem, a duração do uso da terra após o corte, e o mosaico de uso da terra nos arredores de potenciais corredores de conservação e áreas de reservas. Embora a criação de novas áreas protegidas pode não ser viáveis, devido a existência de poucas grandes áreas contínuas de florestas dentro do Estado, alguns objetivos de conservação podem ser alcançados através da melhor coordenação do sistema de reserva legal entre os proprietários. Apresentamos três exemplos de priorização a nível de paisagem baseado nas normas do Código Florestal que estipula 80% de reserva florestal em propriedades particulares. Através de um sistema gerenciado pelo Estado, os proprietários poderiam aumentar as áreas de reservas existentes em suas propriedades através da compra de terra em: 1) buffers nos arredores das unidades de conservação e reservas indígenas existentes; 2) pequenas bacias hidrográficas com pouca ou nenhuma área desflorestada; 3) conexão entre fragmentos de floresta existentes para conectividade da paisagem dentro de mosaico específico de diferentes usos da terra. Qualquer abordagem final para coordenação a nível de propriedade dependerá da finalidade especifica de conservação (e.g., margem de rios, habitat de aves, ou biodiversidade da flora), mas apresentamos um esquema para desenvolver e implementar um plano de conservação na fronteira agrícola. Um balanço dos valores de conservação e uso produtivo são requeridos para atingir uma conservação coordenada.

Biografia do Autor

Yosio Edemir Shimabukuro, INPE
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1977), doutorado em Ciências Florestais / Sensoriamento Remoto pelo Colorado State University (1987) e pós-doutorado pela Nasa Goddard Space Flight Center (1993). Atualmente é Pesquisador Titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal. Atuando principalmente nos seguintes temas: Linear Mixing Model, Landsat MSS TM, Shade Fraction Image, Reforested Areas, Mathematical Modelling. É Pesquisador 1B do CNPq.
Publicado
25/06/2007
Seção
Artigos