Das áreas urbanas às unidades de conservação: avaliando a poluição por microplásticos no Pantanal

  • Raquel Santos Batista da Silva Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Avenida Santos Dumont, s/nº, Cidade Universitária (Bloco II), CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Josiane Santos Batista Carioca de Paula Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Avenida Santos Dumont, s/nº, Cidade Universitária (Bloco II), CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Cristina Márcia de Menezes Butakka Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Avenida Santos Dumont, s/nº, Cidade Universitária (Bloco II), CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Wilkinson Lopes Lázaro Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Avenida Santos Dumont, s/nº, Cidade Universitária (Bloco II), CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Ernandes Sobreira Oliveira Junior Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Avenida Santos Dumont, s/nº, Cidade Universitária (Bloco II), CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.

Resumo

Os microplásticos são um dos problemas mais difundidos que têm atraído a séria atenção de pesquisadores, formuladores de políticas públicas e do público devido às potenciais implicações ecológicas, ambientais e para a saúde humana. O objetivo foi verificar as relações entre áreas de urbanizadas e a contaminação por microplásticos em locais selecionados de água doce. Estimamos as densidades de microplásticos utilizando uma gama de análises estatísticas, incluindo regressão linear e comparações de distribuição, considerando dois fatores importantes: a distância do centro urbano e as características específicas dos locais (por exemplo, nascente, intermediário, foz) nos contextos urbanos e rural. Nossos achados indicam uma relação positiva estatisticamente significativa entre os efeitos da proximidade dos centros urbanos e a densidade de microplásticos nos ambientes de água doce. Em outras palavras, a densidade de microplásticos tende a aumentar com a diminuição das distâncias das áreas urbanas, apresentando concentrações mais altas em comparação com os locais rurais. A influência de algumas características ambientais específicas (qualidade da água e biodiversidade em geral) é estabelecida com base no acúmulo de microplásticos, sugerindo uma interação complexa entre as atividades antropogênicas e as características naturais. Isso, portanto, exige medidas locais de mitigação e mudanças na forma como o lixo é gerenciado, especialmente nas áreas urbanas, sendo implementadas sistematicamente para abordar as causas subjacentes da poluição por microplásticos. Por fim, nossa pesquisa destaca a importância das áreas urbanas nos estudos sobre poluição por microplásticos e a necessidade de intervenções para reduzir o consumo de plásticos e melhorar as práticas de gestão de resíduos. Como parte desta pesquisa sobre o problema da poluição por microplásticos, uma futura política que apoie a redução da contaminação por esses poluentes em ecossistemas de água doce é essencial.

Palavras-chave: água urbana, áreas úmidas, densidade de microplásticos.


Publicado
13/05/2025
Seção
Artigos