Coagulante natural para tratamento de água à base de taninos cationizados da casca de Terminalia Catappa
Resumo
Em uma estação de tratamento de água para que as impurezas sejam removidas, as partículas presentes na água devem ser desestabilizadas na etapa de coagulação, após adição de floculantes e realizar intensa agitação. Encontrar novas alternativas para substituir o uso dos coagulantes químicos, bem como avaliar os parâmetros de turbidez e pH, para observar seu efeito no tratamento de água, é essencial para reduzir custos e minimizar impactos ambientais. Assim, o objetivo deste trabalho é criar um coagulante vegetal à base de extrato rico em taninos de Terminalia catappa L., avaliar diferentes concentrações deste coagulante em diferentes tempos de agitação. O extrato foi adquirido das cascas de árvores da espécie Terminalia catappa para quantificação e formulação do coagulante. O extrato foi transformado em um coagulante através da cationização. Após a cationização, foi realizado o ensaio de coagulação em laboratório, com concentrações 50, 100, 150 e 200 mg/L¹ do coagulante natural e de um coagulante químico como comparativo. Foram realizados dois tempos de agitação diferentes. Uma agitação rápida de 2 min seguida de uma lenta de 10 min (T1) e uma agitação rápida de 2 min seguida de uma lenta de 20 min (T2). Foram avaliado os valores turbidez e pH a cada 10 min até 60 min. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para observar se houve diferença estatística. A Terminalia catappa apresentou 10,01% de teor de taninos condensados. O coagulante natural a base de Terminalia catappa tratou a água de forma eficiente. A melhor concentração encontrada foi a de 200 mg/L¹, com sedimentação em 30 minutos e o melhor tempo de agitação foi T2. O coagulante atingiu os valores de turbidez mínimos exigidos pela portaria GM/MS Nº 888 da água para consumo humano e não alterou o pH.
Palavras-chave: composto fenólico, espécies florestais, qualidade da água
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