Caracterização morfoquímica e interações de microplásticos secundários com paracetamol e microalgas
Resumo
As propriedades morfoquímicas dos microplásticos influenciam suas interações com poluentes, biota e toxicidade. Este estudo focou nos efeitos da exposição de microalgas a microplásticos secundários (MPS) derivados de diferentes materiais plásticos, frequentemente associados a resíduos farmacêuticos. Tetraselmis sp. foram expostas aos MPS isoladamente e em combinação com paracetamol. Os MPS apresentaram morfologia irregular e tamanhos variando de 8 a 1749 µm. As propriedades morfoquímicas foram analisadas usando FTIR, SEM-EDS e potencial zeta. A análise de FTIR identificou três tipos de MPS (polietileno linear de baixa densidade, polipropileno e poliestireno), todos com carga superficial negativa. Carbono, oxigênio, cálcio, cloro, alumínio, bromo e titânio foram detectados em todas as amostras. O crescimento das microalgas não foi afetado pela exposição aos MPS, exceto em concentrações de paracetamol de 400 e 500 mg.L-1. O estudo sugere que a carga superficial dos MPS influencia significativamente seus efeitos toxicológicos. Além disso, a resiliência das microalgas ao paracetamol e aos microplásticos destaca seu potencial como bioindicadores em ambientes contaminados por microplásticos.
Palavras-chave: interações tóxicas, microplástico secundário, paracetamol, propriedades morfoquímicas, Tetraselmis sp.
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