Bioaumentação com Advenella kashmirensis, para tratamento de efluente de celulose kraft por lagoa aerada
Resumo
O Brasil é considerado referência mundial na produção de papel, se estima que o setor contribui com 46,5% do produto interno bruto nacional, configurando uma manufatura extensiva cujos efluentes possuem concentrações elevadas de matéria orgânica e compostos recalcitrantes, que podem introduzir cor e ecotoxicidade, gerando impacto caso não se proceda o adequado tratamento do mesmo. Uma estratégia potencial para o tratamento desta água resíduária é a bioaumentação com bactérias nativas isoladas do lodo e efluente da indústria, estas devido ao potencial metabolismo adaptado às condições adversas do ambiente, podem favorecer a remoção de compostos específicos. Quando associada a técnicas de imobilização, o inóculo pode se desenvolver como biofilme aderido a um meio suporte, que proporciona superfícies para adesão, crescimento e sobrevivência das bactérias. Desta forma, foi avaliado o tratamento de efluente de celulose kraft por bioaumentação com bactéria autóctone Advenella kashmirensis imobilizada em meio suporte esponjoso do tipo aquaporousgel (APG), e sobre a forma de vida planctonica/livre, denominadas de fase I e II respectivamente, em sistema de lagoa aerada de escala de bancada com efluente industrial não tratado. O efeito do uso da bactéria na bioumentação foi avaliado com efluente industrial não tratado. O efeito do uso da bactéria na bioumentação foi avaliado pelos parâmetros de remoção de Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), Cor, Compostos Fenólicos Totais (CFT) e Compostos Ligninicos (CL). Os resultados apontam que ambas as fases I e II, foram eficientes para tratamento dos parâmetros DQO, DBO5 e cor. Entretanto, a forma de biofilmes conferiu melhor estabilidade ao sistema biológico no tratamento do efluente de celulose kraft.
Palavras-chave: efluente kraft, MEV, sólidos aderidos, suspensos.
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