Cultivo de microalgas nativas com efluente anaeróbio: isolamento de cepas, sobrevivência e caracterização da biomassa algácea

  • Helenice Silva de Jesus Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Salvador, BA, Brasil Departamento de Química.
  • Servio Tulio Alves Cassini Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil Departamento Engenharia Ambiental.
  • Marcos Vinicius Pereira Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil Departamento Engenharia Ambiental.
  • Aline Figueredo Dassoler Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil Departamento Engenharia Ambiental.
  • Ricardo Franci Gonçalves Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil Departamento Engenharia Ambiental.
Palavras-chave: efluente anaeróbio, microalgas, sobrevivência

Resumo

Seis cepas de Chlorophyta foram isoladas do efluente de um reator anaeróbio tratando esgoto sanitário e identificadas como Desmodesmus sp. L02, Chlorococcum sp. L04, Coccomyxa sp. L05, Chlorella sp. L06, Scenedesmus sp. L08 e Tetradesmus sp. L09. As cepas de microalgas foram cultivadas em efluente não-esterilizado em condições de laboratório para determinar os potenciais de sobrevivência sob condições não estéreis. As cepas também foram cultivadas em efluente esterilizado para avaliar os potenciais de remoção de nutrientes e caracterizar bioquimicamente a biomassa produzida. Entre as microalgas isoladas, Chlorella sp. L06 teve a maior porcentagem de sobrevivência (90%) por dez dias de cultura, enquanto Desmodesmus sp. L02 apresentou o menor valor, não excedendo 1,8% após 24h de inoculação. A biomassa seca dos isolados apresentou uma média de 28,7% de proteína, 15,4% de lipídios e 14,8% de carboidratos, com Chlorococcum sp. L04 atingindo 29,3% de carboidratos. Em termos de nutrientes, a remoção de nitrogênio variou de 59,2 a 93%, e a remoção de fósforo variou de 79,1 a 95,4%, com Tetradesmus sp. L09 sendo a cepa mais eficiente.


Publicado
10/07/2019
Seção
Artigos