Ictiofauna de igarapés de pequenas bacias de drenagem em área agrícola do Nordeste Paraense, Amazônia Oriental (doi:10.4136/ambi-agua.739)

  • Jean Michel Corrêa Universidade Federal do Pará
  • Pedro Gerhard Embrapa Amazônia Oriental
  • Ricardo de Oliveira Figueiredo Embrapa Meio Ambiente
Palabras clave: peixes de riachos, diversidade, agricultura familiar

Resumen

Comunidades de peixes podem se distribuir no espaço e no tempo de maneira organizada, seguindo um padrão que pode ser percebido pela associação ou agrupamento das espécies e pela relação de algumas espécies com determinados habitats. O número reduzido de estudos e o pouco conhecimento da fauna aquática na Amazônia resultam em sub-estimativas da diversidade da ictiofauna de igarapés (riachos amazônicos). No presente estudo, em três microbacias predominantemente ocupadas por agricultura familiar, foram coletados 2.117 peixes, distribuídos em sete ordens, 13 famílias, 27 gêneros e 43 espécies. A espécie mais abundante em todas as amostras coletadas foi Hyphessobrycon heterorhabdus, com 337 indivíduos, seguido por Bryconops melanurus, com 326 indivíduos. A riqueza de espécies foi maior num trecho do Igarapé Pachibá (IGPA-B), com 21 espécies. O Índice de Dominância de Simpson mostrou o valor mais alto no trecho B do Igarapé Cumaru, com valor 0,43, enquanto o Índice de Diversidade de Shannon revelou que o IGPA-B possuiu a maior diversidade, com valor 2,39. Iguanodectes rachovii foi a espécie amostrada com mais constância, e ocorreu em 50% das amostras. Os resultados demonstraram que trechos médios dos igarapés apresentam maior diversidade de espécies, respondendo ao tamanho do habitat. Neste estudo foi possível observar que microbacias agrícolas dominadas por agricultura de pequeno porte pode suportar uma diversidade de peixes de igarapés razoável.

Biografía del autor/a

Jean Michel Corrêa, Universidade Federal do Pará
Possui Graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2004), Mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (2007). Atualmente é aluno do curso de Doutorado em Geologia da Universidade Federal do Ceará na linha de pesquisa Geologia Ambiental. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Carcinicultura, atuando principalmente nos seguintes temas: aqüicultura, biomassa de Artemia sp., alimentação e cultivo. Possui experiência na área Ambiental, atuando com uso e ocupação da terra e sua relação com a ecologia de peixes. Participa de eventos científicos relacionados as temáticas da pesca e do meio ambiente. Publicou 14 resumos científicos em congressos, sendo um deles no exterior e 5 artigos em revistas indexadas. Atualmente é membro da Comissão Editorial e Científica da Enciclopédia Biosfera, editor associado da AES Bioflux e revisor das seguintes revistas: Latin American Journal of Aquatic Research e Journal of Agricultural Science and Technology.
Pedro Gerhard, Embrapa Amazônia Oriental
Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (1995), mestrado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (1999) e doutorado em Ecologia de Agroecossistemas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidadde de São Paulo (2005). Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Amazônia Oriental, na área de "Uso sustentável de recursos naturais". Desenvolve pesquisas sobre a conservação de ambientes aquáticos em paisagens agrícolas.
Ricardo de Oliveira Figueiredo, Embrapa Meio Ambiente
Pesquisador da EMBRAPA Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) desde 2011. Atua na área de Hidrobiogeoquímica de Bacias com ênfase na sua relação com a Agricultura Tropical. Titulou-se como Agrônomo pela UFRRJ (1980), como Especialista em Gerenciamento de Bacias Hidrográficas pela UFF (1991), como Mestre em Geociências pela UFF (1996) e como Doutor em Ciências Ambientais pela UENF (1999). Em 1999 ingressou no IPAM, onde até 2002 coordenou projetos e realizou pesquisas em Biogeoquímica de Pequenas Bacias e sua Relação com o Uso da Terra, como atividade de pós-doutoramento pelo Woods Hole Research Center (EUA). Em 2002 ingressou na EMBRAPA Amazônia Oriental, onde como líder de projetos avaliou os efeitos das mudanças de uso da terra sobre a hidrogeoquímica fluvial em pequenas bacias amazônicas, até sua transferência para a unidade embrapiana em Jaguariúna - SP, em 2011. Destaca-se também que, em 2008, realizou outro pós-doutoramento na University of Georgia (EUA), e que desde 2005 atua como docente e orientador acadêmico no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (UFPA/MPEG/EMBRAPA). Foi membro do Comitê Científico do Projeto LBA, publicou 25 trabalhos em periódicos científicos e 7 capítulos de livros, apresentou e publicou dezenas de trabalhos em congressos e orientou 8 dissertações de mestrado, dentre outras orientações e co-orientações a estudantes de graduação e pós-graduação.
Publicado
27/08/2012
Sección
Articulos