Florestamento compensatório com vistas à retenção de água no solo em bacias hidrográficas do município de Campos do Jordão, SP, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.490)

  • Agenor Micaeli dos Santos UNITAU
  • Marcelo dos Santos Targa UNITAU
  • Getulio Teixeira Batista Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHi)
  • Nelson Wellausen Dias UNITAU
Palabras clave: Reflorestamento, infiltração de água, uso e ocupação do solo, escoamento superficial, manejo de bacias

Resumen

O Florestamento Compensatório é uma técnica importante para estimar a área de cobertura florestal necessária para compensar as perdas de água por escoamento superficial em uma bacia hidrográfica e assim orientar intervenções de recomposição florestal. O estudo tem como principal objetivo quantificar a área de florestamento compensatório necessário para melhorar a retenção de água nas sub-bacias hidrográficas do Ribeirão das Perdizes e do Ribeirão Fojo, no município de Campos do Jordão, SP. As estimativas foram baseadas na metodologia do Florestamento Compensatório para Retenção de Água em Microbacias (FCRAM). Dessa forma, a estimativa da retenção de água em microbacias foi feita considerando: o valor médio mundial de destino da água no ciclo hidrológico, os usos e a ocupação do solo, bem como, a estimativa da permeabilidade. As sub-bacias têm uma área total de 2.666,6 ha, correspondendo a 9,3% da área do Município de Campos do Jordão. Os principais usos e ocupação do solo são: área de floresta com 1.257,9 ha, área urbanizada com 434,4 ha, área de reflorestamento com 432,5 ha, área de campos de altitude com 265,1 ha, área de pasto com 126,8 ha e área de outras classes com 149,9 ha. Estimativas de campo da infiltração de água em Cambissolo Háplico resultaram em taxas elevadas (298 mmh-1) para o solo com cobertura do tipo floresta, de 289 mmh-1para a cobertura vegetal do tipo reflorestamento, 94 mmh-1 para o campo e 63 mmh-1para a cobertura vegetal do tipo pasto. Com base na recomendação de que 20,55% de toda a água que precipita sobre a bacia deve infiltrar no solo, calculou-se por meio do FCRAM que a área de floresta necessária para compensar as perdas de água por escoamento superficial nas demais coberturas do solo (campo, pasto, reflorestamento e urbana) existentes nessas sub-bacias é de 1.318,1 ha (51,8%). Dessa forma, concluiu-se que 60,2 ha (2,3%), adicionais de floresta devam ser plantados para compensação de 1,096 milhões de m³/ano de água perdida nessas sub-bacias.

Biografía del autor/a

Getulio Teixeira Batista, Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHi)
Concluiu o doutorado em Agronomia / Sensoriamento Remoto na Universidade de Purdue, EUA, em 1981. Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté. Publicou diversos artigos em periódicos especializados e cerca de 150 trabalhos em anais de eventos. Atualmente participa de 7 projetos de pesquisa, sendo que coordena 2 destes. Atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação de Bacias Hidrográficas. Em suas atividades profissionais interagiu com 389 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Sensoriamento Remoto, Agronomia, Geoprocessamento, Índice de Vegetação, Previsão de safra, Aplicações de Sensoriamento Remoto, Uso da terra, Modelo de Mistura Espectral, Sensores e Técnicas de Sensoriamento Remoto e Classificação do Uso da Terra. Foi pesquisador Principal do Programa Internacional EOS da NASA, onde trabalhou de 1990 a 1992 (Goddard Space Flight Center). Atualmente é membro do Comitê Assessor Recursos Florestais do CNPq e tem participado de vários comitês ad hoc para o CT-HIDRO.
Publicado
21/12/2011
Sección
Articulos