Toxicidade ambiental de efluentes advindo de diferentes laboratórios de uma farmácia magistral

  • Luciano Henrique Pinto Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
  • Gilberto Cardozo Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
  • Julia Carolina Soares Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
  • Gilmar Sidnei Erzinger Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
Palabras clave: biomonitoramento, descarte de medicamentos, ecotoxicidade, poluentes emergentes

Resumen

Há uma crescente preocupação com os chamados “poluentes emergentes” na produção de medicamentos. Eles chegam ao meio ambiente a partir do descarte doméstico ou a partir das sobras geradas na produção de fármacos. Em pequenas concentrações da ordem de microgramas por litro ou inferiores, ou seja, concentrações não efetivas a curto prazo em termos de resposta biológica em seres humanos, podem causar grandes impactos no meio ambiente pela exposição crônica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o risco de contaminação de efluentes pelo lançamento dos dejetos brutos da produção de medicamentos em pequena escala, por farmácias de manipulação, com base na avaliação da ecotoxicicidade pelo biomonitoramento de algas Euglena gracilis, e investigar os impactos apresentados sobre o comportamento e as alterações no processo de fotossíntese. Amostras de quatro laboratórios de diferentes demandas foram analisadas. As alterações comportamentais (velocidade de subida à superfície, r-value e velocidade de movimento) das algas foram biomonitoradas pelo NG-TOX e os parâmetros de fotossíntese foram medidos com o fluorímetro de pulso e amplitude modulada (PAM). Os resultados demonstraram que o efluente do laboratório de hormônios, que teve uma baixa produção semestral, apresentou pouco impacto, já o efluente do laboratório de psicotrópicos, mesmo com demanda intermediária, apresentou impacto significante sobre o comportamento e a atividade fotossintética das algas. A diferença de comportamento observada entre os diferentes setores de fármacos demonstra que os impactos e os possíveis riscos ambientais são diferentes para cada setor. A demanda e as diferentes substâncias manipuladas podem ser determinantes na classificação de risco e na escolha dos métodos de descontaminação.


Biografía del autor/a

Luciano Henrique Pinto, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
Doutorando em Saúde e Meio Ambiente pera UNIVILLE. Mestre em Saúde e Meio Ambiente (2012) pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE - SC , Especialista em Farmacologia (2005) pela Universidade Federal de Lavras - UFLA ?MG, Graduado em Farmácia (2003), pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP - MG. Atualmente exerce atividades como Professor na UNIVILLE, lecionado disciplinas de Química Farmacêutica e Desenvolvimento de Pesquisa em Farmácia. Trabalha com pesquisa na área de Ecotoxicologia de Ambientes Aquáticos e análise e desenvolvimento de Processos Oxidativos Avançados para descontaminação de resíduos de medicamentos presentes em águas.
Gilberto Cardozo, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
Possui graduação em Biomedicina pela Faculdade de Ciências Biológicas de Araras (1985), especialização em Vigilância Sanitária pela UNESP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004) e Curso Técnico em Segurança no Trabalho pelo SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (1998). Atualmente é Biomédico da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Araras. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Saúde do Trabalhador e Controle de Vetores. 
Julia Carolina Soares, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
Estudante de Farmácia, atualmente é bolsista no projeto de pesquisa ECOSAM - Avaliação do risco de ecotoxicidade de resíduos de 17-β-estradiol formados após processo oxidativo avançado a base de ozônio e peróxido de hidrogênio.
Gilmar Sidnei Erzinger, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Laboratório de Fotoquímica e Fotobiologia
Possui graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985), mestrado em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Tecnologia Bioquímica Farmacêutica pela Universidade de São Paulo (2000). Pós Doutorado em fotobiologia pela Federich Alexander Univesität Erlangen-Nurenberg, Alemanha (2009). É professor titular da Universidade da Região de Joinville dos cursos de Medicina, Farmácia e do Programa em Saúde e Ambiente (UNIVILLE). Tem experiência na área de desenvolvimento de processos biotecnológicos, com ênfase em enzimologia aplicada, pesquisa em fenômenos bioquímicos, estresse oxidativos em doenças crônicas, análises instrumentais, atuando principalmente nos seguintes temas: ecotoxicologia, radiação UVA/UVB, análise através de imagem, microbiologia e parasitologia aplicada e desenvolvimento de novos produtos. Atualmente é sócio da Ecobabitonga Tecnologia, empresa de inovação tecnológica que atua no desenvolvimento de equipamentos voltados a análises eco toxicológicas incubada junto ao INOVAPAQ. Pesquisador FAPESC. Membro da American Society for Photobiology e da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia. É membro do corpo editorial da Pharmaceutica Analytica Acta, da Pharmaceutical Regulatory Affairs e da Revista Saúde e Ambiente da UNIVILLE, revisor da Cellular Physiology and Biochemistry. Bolsista em Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora - DT 2 ? CNPQ. Membro de comitê assessor da CAPES da área de ciências Ambientais. 
Publicado
25/10/2016
Sección
Articulos